Caso Peretto: Viúva, irmã e cunhado acusados de matar comerciante após traição são interrogados

  • 16/06/2025
(Foto: Reprodução)
Terceira audiência do caso aconteceu nesta segunda-feira (16), no Fórum de Praia Grande. Igor Peretto, de 27 anos, foi encontrado morto no apartamento da irmã, Marcelly Peretto, em 2024. Além dela, Rafaela Costa (viúva) e Mario Vitorino (cunhado) foram presos acusados de envolvimento no homicídio. Trio acusado de envolvimento na morte de Igor Peretto chega a fórum para audiência Rafaela Costa, Marcelly Peretto e Mario Vitorino, acusados de envolvimento na morte do comerciante Igor Peretto, participaram da terceira audiência de instrução sobre o caso nesta segunda-feira (16), no Fórum de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1, os três foram interrogados durante a sessão que terminou por volta das 20h. Ainda não há uma decisão. Igor Peretto, de 27 anos, foi assassinado a facadas no dia 31 de agosto de 2024, no apartamento da irmã. O Ministério Público (MP-SP) apontou que Rafaela (viúva), Marcelly (irmã) e Mario (cunhado) premeditaram a morte de Igor por ser considerado um "empecilho no triângulo amoroso". ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. A primeira audiência ocorreu em 20 de março, quando as partes começaram a apresentar as provas e argumentos para o andamento do processo. A sessão no fórum precisou ser retomada em 7 de maio e, pela quantidade de testemunhas, foi marcado um novo encontro para esta segunda-feira (16). Mario Vitorino, Marcelly Peretto e Rafaela Costa foram presos por envolvimento na morte de Igor Peretto Polícia Civil Durante a terceira audiência, três testemunhas foram ouvidas: uma policial (indicada pela defesa de Mario e Rafaela) e dois assistentes técnicos (indicados apenas por Mario). O interrogatório dos acusados foi o último ato da sessão, realizado na seguinte ordem: Mario, Marcelly e Rafaela. Conforme apurado pela equipe de reportagem, o juiz deu um prazo de dois dias para as defesas realizarem eventuais requerimentos de diligências. As partes serão intimadas a apresentar as últimas alegações. Por fim, o magistrado deve dar a sentença. O juiz deve determinar se haverá a sentença de pronúncia, na qual os réus serão levados à júri popular. No entanto, há também a possibilidade de impronúncia, caso o juiz rejeite a acusação do crime por falta de provas suficientes. Defesas Mario Vitorino foi encontrado por irmão da vítima, o vereador Tiago Peretto, no interior de SP Arquivo pessoal, redes sociais e reprodução Assim que a terceira audiência de instrução terminou, o advogado Yuri Cruz, que representa Rafaela, afirmou ao g1 que as provas não apontam indícios suficientes de autoria para que a cliente seja submetida a julgamento popular. "Vislumbramos estar inequívoco que Rafaela jamais pretendeu a morte de Igor Peretto. Confiamos que o judiciário irá analisar o triste fato ora apurado com a sobriedade que o caso exige, afastando conjecturas e sensacionalismo, baseando-se única e tão somente nas provas que foram produzidas", disse Cruz. O advogado Mário Badures, que defende Mario Vitorino, informou que "após a colheita da prova oral judicial todos, absolutamente todos, os pontos descritos na denúncia restaram completamente fragilizados". De acordo com Badures, isso ocorreu porque a "própria polícia, por meio do Delegado de Polícia e os investigadores ouvidos nas três audiências foram todos enfáticos no sentido de que não houve trisal (expressão nunca citada e sequer comprovada minimamente nos autos), inexiste qualquer tipo de motivação econômica e tampouco premeditação". O advogado acrescentou que, por outro lado, todas as qualificadoras se mostraram "descabidas após a prova judicial, motivo pelo qual aguarda-se a soltura de Mário Vitorino após essa fase de requerimentos finais". A defesa disse ainda confiar na imparcialidade do Judiciário. Já o advogado Leandro Weissman, que defende Marcelly Peretto, declarou estar satisfeito com o resultado da audiência. "Nenhuma prova foi produzida no processo capaz de mostrar culpa e até mesmo mero indício de culpa da Marcelly no resultado morte de Igor. A denúncia do Ministério Público contraria todas as provas do processo, ficando a acusação totalmente isolada sobre as provas colhidas", disse ele. Por fim, a defesa ressaltou a confiança de que haverá decisão de impronúncia, "visto que Marcelly não cometeu qualquer delito e a acusação nada comprovou no decorrer da instrução processual". Casais estavam dentro do apartamento onde Igor Peretto foi encontrado morto em Praia Grande (SP) Yasmin Braga/g1 e Reprodução/Redes Sociais Primeira audiência Rafaela, Marcelly e Mario participaram da primeira audiência de instrução do caso no Fórum de Praia Grande, em 20 de março. De acordo com o vereador Tiago Peretto, que é irmão da vítima, Mario fez um gesto relacionado a uma facção criminosa antes da sessão. Segundo o político, os vídeos mostram "eles [os três acusados] debochando da população" enquanto eram escoltados até o Fórum. Apesar disso, o vídeo só mostra o gesto de Mario. "Esse símbolo que ele faz é de uma facção criminosa", acrescentou Tiago Peretto, sobre o gesto de Mario. O advogado Mario Badures, que representa Mario Vitorino no caso, disse na época não ter nada a declarar sobre o comentário do vereador. Mesmo algemado, Mario fez gesto que irmão da vítima associou a facção criminosa Reprodução Triângulo amoroso Casais (Mário e Marcelly, à esq. e Igor e Rafaela, à dir.) moravam próximos em Praia Grande (SP) e se encontravam com frequência Redes Sociais O MP-SP concluiu que o trio premeditou o crime porque Igor era um "empecilho no triângulo amoroso" entre Rafaela, Marcelly e Mario Vitorino. Ao g1, a promotora Roberta afirmou ter considerado o caso como "chocante e violento". A promotora disse que em nenhum momento os envolvidos tentaram salvar Igor ou minimizar o sofrimento dele. "Fizeram buscas de rota de fuga ou de quanto tempo demoraria para [o corpo] cheirar e chamar a atenção de alguém e eles terem tempo de fugir", complementou. Vantagem financeira Igor Peretto, irmão do vereador de São Vicente (SP), Tiago Peretto (União Brasil), foi morto a facadas em Praia Grande Reprodução/Redes Sociais e Thais Rozo/g1 De acordo com a denúncia recebida pela Justiça, a morte de Igor traria "vantagem financeira" aos acusados. Os advogados dos presos negaram a versão apresentada pelo MP-SP. De acordo com o MP, Mário poderia assumir a liderança da loja de motos que tinha em sociedade com o cunhado, enquanto a viúva receberia herança. “Marcelly, que se relacionava com os dois beneficiários diretos, igualmente teria os benefícios financeiros”, destaca o MP. O MP considerou a ação do trio contra Igor um "plano mortal". O documento diz que eles planejaram o crime, sendo que Mário desferiu as facadas, a viúva atraiu o comerciante e, junto com Marcelly, incentivou Mário a matá-lo. O órgão levou em conta essas informações para elaborar a denúncia por homicídio qualificado. “O crime foi cometido por motivo torpe, pois Mário, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para os relacionamentos íntimos e sexuais que os três denunciados mantinham entre eles. Ainda segundo a denúncia, o assassinato também foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Igor estava desarmado e foi atacado por uma pessoa com quem tinha relacionamento próximo e de quem não esperava mal. O crime Cronologia da morte do comerciante Igor Peretto: tudo que se sabe da descoberta da traição à morte Reprodução O crime aconteceu em 31 de agosto no apartamento da irmã de Igor, em Praia Grande. Dentro do imóvel estavam a vítima, Marcelly e Mário Vitorino. Rafaela chegou com Marcelly ao apartamento, mas o deixou 13 segundos antes do marido chegar com o suspeito pelo assassinato. De acordo com os depoimentos do trio e dos advogados, a viúva Rafaela tinha um caso com Mário. Além disso, o advogado de Marcelly chegou a dizer que a cliente e Rafaela tiveram um envolvimento amoroso no local antes da chegada de Igor e Mario no apartamento. Igor Peretto foi morto a facadas e teria ficado tetraplégico [sem movimento do pescoço para baixo] se tivesse sobrevivido. A informação consta em laudo necroscópico obtido pelo g1. Três pessoas próximas à vítima foram presas: a viúva, a irmã e o cunhado. Prisões Mario, Marcelly e Rafaela, investigados pelo homicídio contra o comerciante Igor Peretto Reprodução e Redes sociais As mulheres se entregaram e foram presas em 6 de setembro, enquanto Mário foi detido após ser encontrado escondido na casa de um tio de Rafaela, em Torrinha (SP), no dia 15 do mesmo mês. O trio havia sido preso temporariamente em setembro e, no início de outubro, a prisão temporária foi prorrogada. Na ocasião, a defesa de Rafaela chegou a entrar com pedido de habeas corpus, que foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Justiça de Praia Grande (SP) converteu as prisões do trio, de temporárias para preventivas, após a denúncia feita pelas promotoras Ana Maria Frigerio Molinari e Roberta Bená Perez Fernandez, do MP-SP. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/06/16/caso-peretto-viuva-irma-e-cunhado-acusados-de-matar-comerciante-apos-traicao-sao-interrogados.ghtml


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