Após tarifaço, empresas do Amapá perdem espaço nos EUA e buscam novos mercados
16/08/2025
(Foto: Reprodução) No Amapá, reunião apresenta estratégias para apoiar setores afetados pela taxação dos EUA
Um encontro que reuniu empresários e representantes do Amapá nesta sexta-feira (15), busca uma alternativa de destino de mercado nacional para os produtos regionais, após o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump.
O evento realizado pelo senador Randolfe Rodrigues em parceria com o Governo do Amapá, teve a presença da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Macapá.
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A programação teve inúmeras discussões de medidas de apoio aos setores atingidos pelo aumento das tarifas de importação.
Em julho, os Estados Unidos anunciaram, de forma unilateral, uma tarifa de 50% sobre alguns produtos brasileiros. A decisão afetou diretamente produtores do Amapá. Um dos casos mais marcantes foi o cancelamento da exportação de mais de 11 toneladas de açaí pela empresa Amazonbai.
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Neste ano, o setor de açaí no Amapá movimentou US$ 16 milhões, o equivalente a 10% das exportações do estado. O produto chegou a 47 países, com os EUA ocupando o quinto lugar entre os principais destinos.
“A ideia é evitar prejuízos ao Estado, principalmente em um setor que segue em franco crescimento”, disse o senador Randolfe Rodrigues.
Segundo Pedro Netto, representante da Região Norte da ApexBrasil, o objetivo da reunião é detalhar as ações da agência para apoiar os empresários diante das novas tarifas.
“A gente foi convidado pra conversar com as empresas aqui do estado do Amapá de vários setores, de açaí, madeira, chocolate, sobre como a gente tá buscando apoiar o empresário brasileiro, a cooperativa brasileira, a diversificar mercado e a lidar com essa situação das tarifas americanas”, afirmou.
Pedro destacou que a diversificação de mercados já fazia parte do planejamento estratégico da ApexBrasil, mas ganhou urgência com o cenário atual.
Entre as alternativas, Pedro citou as rodadas de negócios virtuais, que permitem que empresas do Amapá conheçam compradores estrangeiros sem sair do Estado.
“A gente traz comprador estrangeiro pro Brasil também para facilitar a geração de negócios”, completou.
Durante a programação, um evento previsto para setembro foi anunciado. O Exporta Mais Amazônia, é um programa voltado para produtos típicos da região. Segundo ele, o objetivo é mostrar a realidade da Amazônia e valorizar o trabalho dos extrativistas.
“A gente sabe que tem qualidade, que tem trabalho duro do extrativista, do funcionário da fábrica, do empresário. E o que a gente quer é ajudar esse trabalho a ser recompensado.”
A iniciativa vai reunir empresas locais dos setores de açaí, cacau, castanha-do-brasil, pescados e madeira, em rodadas de negócios com compradores internacionais.
A programação inclui visitas técnicas e encontros presenciais para apresentar a realidade da produção sustentável na floresta, valorizando o trabalho de extrativistas e empreendedores da região. S
Segundo a ApexBrasil, o objetivo é abrir novos mercados e fortalecer cadeias produtivas compatíveis com a preservação ambiental, diante das dificuldades impostas pelas altas tarifas.
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